quinta-feira, 30 de maio de 2013

O Ativismo Quântico e a Astrologia


A Astrologia e o Ativismo Quântico

Desde a primeira vez que ouvi falar de que a teoria quântica era uma alternativa evolucionária da teoria newtoniana, interessei-me imediatamente por ela. Afinal, foi graças à física racional de Sir Isaac Newton que a Astrologia perdeu o status de ciência e foi banida da academia, já que trata-se de uma ciência de partículas subatômicas, ou seja, quântica. Como assim? É o que pretendo explicar enquanto compartilho com vocês minhas impressões e experiências fascinantes ao longo do curso de Ativismo Quântico que tive a oportunidade divina de fazer com Amit Goswami.


Acreditava que este curso fosse acrescentar maiores informações e background suficiente para dar continuidade aos meus estudos e pesquisas não só no campo astrológico, mas também às minhas outras áreas de interesse e atuação, as terapias holísticas. Entretanto, eu intuia que seria um momento muito especial de expansão da consciência e avanço para meu Sol na nona casa, pois estava em pleno retorno de Júpiter, além de um trígono exato de Urano com meu Sol. O resultado superou muito minhas expectativas: para minha felicidade, acabo de integrar-me ao grupo de ativistas quânticos cuja proposta é uma mudança de paradigmas dos mais diversos que une – ao invés de separar ou comparar – a ciência com a espiritualidade pela causação descendente, ou seja, a Consciência Una é a origem de todas as possibilidades que dão ensejo à nossa liberdade de escolha. Esta união criativa e não destrutiva irá nos reconectar com nossa essência individual e, todas as essências individuais se encontram entrelaçadas na consciência divina. Não é lá grande novidade para os espiritualistas ou místicos, mas estamos falando de ciência. Uma ciência que não glorifica mais o materialismo científico em detrimento do transcendental, mas que reconhece Deus.

Este novo paradigma é perfeitamente adaptável à Astrologia que obedece às leis de Hermes de Trimegistro – provavelmente o primeiro ativista quântico deste planeta -, por exemplo, a mais famosa que é o Princípio da Correspondência (“O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima.”) é uma maneira de se entender a correlação entre sujeito-objeto e a não localidade quântica. Portanto, aplicando-se o ativismo quântico à Astrologia a ideia ou a função da mesma é reforçada como ferramenta de acesso aos arquétipos, auto-conhecimento profundo, auxílio na evolução de nossos campos morfogenéticos, reconhecimento de nosso carma inerente e de nossa agenda de aprendizado, o dharma.

A partir do momento em que compreendemos nosso mapa de nascimento sob esta visão quântica, estaremos dando um passo em direção à consciência e ao nosso self quântico. Ao reconhecer nossa responsabilidade, resolvendo as dualidades, saindo do universo espaço-tempo podemos acessar o supramental. O nosso corpo supramental processa nossas intuições, aqueles “insights” que resolvem instantaneamente nosso problema mostrando o quão fácil é evoluir e lidar com a crise. O Ativismo Quântico dá a estes “insights” o nome de criatividade fundamental que você acessa saindo do condicionamento diário, o fazer (“do” em inglês) e se permite a relaxamentos contemplativos ou meditativos, o ser (“be” em inglês). A alternância destes estados nos faz sair dos hábitos alienados e alienantes que nos conduzem ao sofrimento e, de acordo com Amit Goswami, aderimos ao fluxo ou ritmo da vida equilibrada do “do-be-do-be-do-be”.

Nosso mapa astrológico de nascimento é a representação arquetípica do resultado evolutivo de campos morfogenéticos, nosso carma e nosso dharma. Mas não podemos observá-lo sob a ótica linear do materialismo científico que destituiu e denegriu a Astrologia transformando-a em entretenimento diário na mídia ou no fatalismo de um destino implacável que alimenta os egos de muitos “astrólogos” que celebram apenas os acertos como sucessos lotéricos. Devemos examiná-lo como ondas de possibilidades que, como observadores plenos de livre arbítrio, podemos fazer escolhas conscientes ao buscar o que há de melhor, mesmo nos aspectos astrológicos de energia cósmica mais crítica e desafiadora. Como? Não considerando mais dualidades ou planos de hierarquia simples. Um exemplo prático e sucinto: imagine um mapa de nascimento com Saturno em Virgem na décima primeira casa em oposição (180º) a Vênus em Peixes na quinta casa. A interpretação astrológica para este caso é : críticas severas de uma comunidade elitizada interferem na auto-expressão artística e na auto-estima deste indivíduo. Mas, como transcender e não conviver com uma espécie de “rótulo” que deprime seu livre arbítrio e, consequentemente, sua evolução? Como evoluir e cumprir esta agenda de aprendizado e seguir para a próxima encarnação? Como dar o tal “salto quântico”? Para começar, devemos entender os arquétipos inerentes aos signos de Virgem e de Peixes. A união do racional e do irracional. A prevenção organizada conectada ao inconsciente coletivo. A produção com o silêncio. Depois, os arquétipos de Saturno e Vênus. A responsabilidade com o prazer. Os limites com o amor. Aí, entramos em do-be-do-be-do e compreendemos que a responsabilidade e o amadurecimento organizado da comunidade conecta-se/une-se com meu amor inconsciente de expressão artística gerando uma onda de possibilidades e, se praticarmos a criatividade fundamental não resvalamos na baixa auto-estima ou na limitação crítica. Só se nos rendermos ao dualismo do mundo material.

A ciência quântica é a ciência da experiência. Saímos da “caixa”, dos padrões locais e determinados. A Astrologia nos ajuda com a percepção. Observar nosso mapa e progressões/trânsitos sobre ele é estar em estado de alerta (awareness), sair da alienação. Além disto, o estado de “be” - estar presente e consciente é poder observar inúmeras possibilidades e escolher, ao invés de se render ao medo e à falta de Amor – o produto direto do contato com o supramental e do colapso entre nossa consciência e a consciência Una.

Assim como Carl Gustav Jung, o Ativismo Quântico percebe quatro padrões diferentes de manifestação humana:

ATIVISMO QUÂNTICO
TIPOLOGIA DE JUNG
ELEMENTOS DA NATUREZA
Corpo supramental
Intuição
Fogo
Corpo mental
Pensamento
Ar
Corpo vital
Emoção
Água
Corpo físico
Sensação
Terra

Jung também acreditava no inconsciente como possibilidade de manifestação dos arquétipos. Ao reunir-se com Wolfgang Pauli – um dos estudiosos da física quântica – como seu psicoterapeuta, ambos verificaram várias semelhanças entre a ideia da sincronicidade de Jung e o comportamento idêntico entre duas partículas subatômicas em locais distintos.

O interessante é perceber que o corpo supramental pode ser acessado se desenvolvendo os arquétipos ligados aos signos do elemento Fogo:

1. A coragem, o impulso instintivo e o pioneirismo original arianos;
2. A criatividade fundamental e não egóica do signo de Leão que nos leva ao reconhecimento do nosso self quântico;
3. A expansão sagitariana da consciência, a fé no caráter, no Self e no Deus interno que transcende além dos limites mente-corpo.

Isto não significa que apenas as pessoas que têm alguma relevância nos signos de Fogo estão habilitadas a atingir o supramental! Como doze chakras universais dos quais são formados os arquétipos, todos os signos encontram-se inerentes à nossa mônada quântica. Cabe a nós acessá-los ao longo de nossas reencarnações e, perante o desenvolvimento de funções (aspectos e elementos de nosso mapa astrológico).

No meio de uma crise, devemos nos aquietar (“be”), fechar os olhos, respirar conscientemente e retroceder 7, 14, 21, talvez 28 anos. São os ciclos de Saturno, o “cobrador” do carma e do cumprimento da agenda dharmica. Ao fazer esta “regressão”, devemos nos perguntar se estamos coerentes e satisfeitos com a realização de nosso Self ou se apenas nos rendemos à comodidade da zona de conforto materialista apenas satisfazendo temporariamente nosso ego que, como um leviatã/minotauro torna-se cada vez mais voraz nos deixando vazios e deprimidos. Se todos nós começarmos a fazer isto, encontrando nossa maneira particular de “ser”, talvez a deterioração da sociedade atual consumista e dos valores arquetípicos intemporais seja suspensa. O egoísmo exacerbado, as guerras, a satisfação superficial, a industrialização ilimitada em detrimento da conservação dos recursos naturais de Gaia a favor de uma “evolução” são consequências da dualidade imposta pelo materialismo científico que está levando a Humanidade à negação do não-local, do transcendente e de Deus.

A exemplo do protagonista do belo filme “A Invenção de Hugo Cabret” que afirma : “todos temos um propósito, até as máquinas têm seu propósito.” Todavia, quem programa os propósitos das máquinas somos nós. Não sejamos máquinas programadas vivendo o dharma de outros ou, pior ainda, vivendo totalmente sem propósito algum. Vamos começar a vivenciar com paixão e, principalmente, Amor nosso propósito unindo nosso self quântico com a Consciência Una. Ative-se quanticamente.