segunda-feira, 28 de abril de 2014

ASTROLOGIA & HOMEOPATIA: BELLADONA E O CONTROLE DE ESCORPIÃO

Belladona, Atropa
Planta do gênero Atropa nativa da Europa, norte da África e Ásia ocidental. Encontrada em solos úmidos, calcáreos, profundos e ricos em nitrogênio, pois sua raiz chega a um metro de comprimento. É da família das solanáceas, arbustos cujos frutos têm a aparência de cerejas escuras que concentram os alcalóides atropina, hiosciamina e escopolamina. Toda a planta (semente, raiz, caule, folhas, flores e frutos) é extremamente venenosa. Entretanto, em dosagem e concentração específicas auxilia o oftalmologista no exame paralisando e dilatando a íris do olho.
Sincronicidades:
Atropos é uma das três Moiras, deusas da mitologia grega responsáveis pelo destino humano, tecendo, medindo e cortando o fio da vida. Clotó representa a lua crescente e é a fiandeira que tece o começo da vida e de sua onda de possibilidades; Laquésis, a medidora, é a lua cheia que colapsa as possibilidades em fatos e oportunidades. Já Atropos, a minguante, desfere o término ao cortar o fio da vida.

Em 1700, foi Linnaeus quem denominou esta planta Atropa belladona, pois as mulheres a utilizavam desde a Idade Média nos olhos para dilatar as pupilas na intenção de se tornarem mais belas (bella donna = mulher bela). Também na Idade Média, a beladona fazia parte do “unguento das bruxas” que era aplicado sobre a pele, causando estados alterados da consciência como alucinações sobre estar voando por lugares surreais e outras experiências fantásticas. Muitos dos que prepararam o tal unguento acabaram nas fogueiras da Inquisição.
Paracelso atribuiu à beladona a similitude com o signo de Escorpião e indica uma fórmula contendo suas folhas secas e trituradas misturadas ao açafrão e à cânfora como poderoso perfume para afugentar as “larvas do astral”.
A analogia entre a beladona e Escorpião por Paracelso define uma das características deste medicamento elaborado a partir da diluição homeopática do seu princípio ativo cujo efeito é o auto-controle em surtos de raiva, violência e destruição. As “larvas do astral”, de acordo com Paracelso, são elementos que afetam a psique ou a alma do indivíduo por meio de ataques a seu corpo energético ou astral, provocando a mesma perda de controle por meio de obsessões e alucinações durante estados delirantes. A energia estável do signo de Escorpião requer compreensão das mais profundas emoções humanas e a percepção de seu poder de transformação. A sexualidade está inserida no arquétipo escorpiônico e conduz à percepção do nosso maior poder energético que é a Kundalini. Sabendo desenvolvê-la, podemos nos tornar conscientes do nosso propósito de vida e atingi-lo com saúde mental e física. Utilizando este poder de forma abusiva ou desequilibrada, nos tornamos vítimas de um destino controlado pelas Moiras e não participamos mais com nosso livre arbítrio. O extremo das profundas emoções não elaboradas expressam a sombra de Escorpião: raiva, descontrole e destrutividade.
Também faz parte do arquétipo escorpiônico o desejo de entender o oculto, o desconhecido, os portais da Morte. Mas, para isto, o mago em busca deste conhecimento deve recorrer sempre à luz e à consciência, sem perder-se no meandro da manipulação, dos vícios e enganos que o levam a queimar no fogo eterno infernal onde ameaçadores cães ou lobos negros o espreitam – alucinação cuja angústia pelo medo da punição o encaminha a seitas e religiões extremistas como mecanismo de defesa contra sua força kundalínica mal processada.
O medo da morte ou da putrefação após a morte também são características do desequilíbrio de Escorpião que resiste às perdas e mudanças naturais do ciclo vital assim como o incessante ciclo lunar (Moiras).
Portanto, na prática, o medicamento homeopático atua no sistema nervoso reduzindo a excitação extrema, alucinações e delírios violentos com possibilidade de acessos de fúria. O poder do mago que busca o saber oculto acaba se perdendo e a disciplina aliada ao auto-controle, dissipadas. Outro fator que leva o mago a perder o controle, pois nem tudo pode ser manipulado e conduzido conforme sua vontade, é a doença física que também representa uma situação que o subjuga e limita. Acaba se tornando um “anjo na saúde” e um “demônio na doença”.
Reações como bater com a cabeça, arrancar os cabelos ou, até mesmo, apresentar piora nos sintomas mentais por causa de um simples corte de cabelos envolvem os dois astros regentes de Escorpião: Plutão e Marte. Quando ambos estão em aspecto conflituoso, tenso e desafiador no mapa astrológico de nascimento, a tendência é o indivíduo incauto desenvolver reações impulsivas, repentinas, instintivas, violentas e muito destrutivas e que perdem o controle ao menor sinal de contrariedades ou algum revés. Podem chegar a agredir os outros fisicamente, pricipalmente, se o aspecto entre Plutão e Marte envolver o Ascendente. Marte também é regente do signo de Áries, análogo à cabeça no corpo físico (sistema nervoso, cabelo, cérebro etc). Irritabilidade, hipersensibilidade à dor e cefaléia também correlacionam Marte à beladona.
As amigdalites e outras inflamações na garganta são consequências do desequilíbrio do chakra laríngeo. A confusão mental originada por um sistema nervoso em mau funcionamento acarreta problemas na expressão verbal e na organização mental, principalmente, na expressão de sentimentos e necessidades que é um assunto intenso e profundo para o signo de Escorpião. Os problemas na garganta fazem parte apenas da manifestação física de uma desarmonia ainda maior em níveis mais sutis.

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segunda-feira, 14 de abril de 2014

LUA CHEIA DE SANGUE E O ECLIPSE DA CONSCIÊNCIA

LUA CHEIA DE SANGUE E O ECLIPSE DA CONSCIÊNCIA
Abril e suas Possibilidades

O mês dominado pelo signo de Áries está pleno de novas possibilidades. Possibilidades arianas condizem com começo de novos paradigmas, lançar-se, experimentar sem receios e apegos.
A “lua sangrenta” (15/4 às 4:43 de Brasília) que prediz o “fim do mundo” nada mais é do que uma leitura semelhante ao final do calendário maia. O dia 21/12/2012 passou e ainda estamos aqui. Estamos? Apesar dos alertas maias e bíblicos, das profecias, agimos com o mesmo automatismo. Todos sabem que estamos mergulhando em crises dos mais diversos níveis e temas, mas as únicas reações comuns são o pasmo e a crescente ansiedade. Estamos aqui, mas falta uma parte: a parte da Consciência e do intelecto supramental.
E esta ansiedade vai crescendo conforme o tempo passa. Há 110 anos no Cairo, Aleister Crowley canalizou o Livro da Lei que traz promessas de uma nova era onde a ciência e a religião iriam fundir-se. Alguns anos mais tarde, no Livro de Thoth, Crowley afirma que a humanidade ainda vivenciaria 500 anos de trevas durante uma fase transitória até compreender o  paradigma do Novo Aeon, ou da Era de Aquário, cujo primado é da Consciência e a fusão da nova ciência com a espiritualidade. A partir daí, estaríamos perceptivos quanto à unicidade de tudo e de todos nós, seres inteligentes em comunhão com a Natureza.
“Eis porque a ansiedade é um fenômeno humano. Abaixo do homem não há ansiedade porque não há escolha. Tudo acontece como deve acontecer. Com a possibilidade da escolha, a ansiedade surge como uma sombra. Tudo tem de ser escolhido agora, tudo é um esforço consciente. Só você é responsável. Se você falha, você falha. É sua responsabilidade. Se você é bem-sucedido, é bem-sucedido. É novamente sua responsabilidade.” (A Psicologia do Esotérico – Osho)
A ansiedade mórbida é um reflexo muito negativo diante das possibilidades das representações arquetípicas que abril nos traz. Transformar esta ansiedade em energia ariana ou cardinal é a saída criativa que nosso intelecto superior unido à nossa percepção intuitiva é capaz de colapsar.
A energia ariana ou cardinal já está sendo estimulada desde o final de 2008 com a entrada de Plutão em Capricórnio e foi amplificada com Urano em Áries desde março de 2011. Os signos cardinais – Áries, Câncer, Libra e Capricórnio - simbolizam a ruptura criativa que desencadeia mudanças do “status quo”. Quando o Sol começa a transitar por eles, a Terra vivencia o começo de um novo ciclo, uma nova estação do ano que é demarcada pelos solstícios e equinócios.
A “cruz” formada no céu por oposições e quadraturas que terá seu auge, ou seja, a exatidão dos ângulos de seus aspectos entre os dias 22 e 23 de abril próximos envolverá os signos cardinais (Urano em Áries, Júpiter em Câncer, Marte em Libra e Plutão em Capricórnio) sugerindo a necessidade urgente de rupturas de condicionamentos, quebras de paradigmas, abandono da zona de conforto automatizada para que os conflitos internos e externos evoluam em liberdade, individualidade e resolvam-se em comunhão.

A libertação do padrão de constante ansiedade sobre o que vai acontecer no futuro vai gerar mais energia para a busca da verdadeira individualidade de cada um de nós. Sairemos do padrão caótico para nos unirmos aos outros e à Natureza em perfeita comunhão unicista, onde não há divisão nem conflitos como entre religião e ciência cujo distanciamento pendular só vem trazendo-nos prejuízos como guerras, destruição de recursos naturais e novas e mais resistentes doenças.
“ O homem tornou-se consciente. De certa forma ele transcendeu a Natureza. Agora, a Natureza não pode fazer nada, o último produto que era possível através da evolução natural veio a ser. Agora o homem torna-se livre para decidir se evolui ou não evolui.” (A Psicologia do Esotérico – Osho).
As corporações, os governos e os meios de comunicação não estão colaborando. Até mesmo alguns canais supostamente “espiritualistas e proféticos” apenas estão colaborando com a síndrome catastrofista e com a ansiedade apática. O interesse daqueles que precisam alimentar a matrix é que todos nós permaneçamos no medo e na letargia, nos rendendo à normose, ou seja, à uniformidade comportamental descrita por verdadeiros e iluminados profetas como Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo e George Orwell em 1984, também ilustrado no fabuloso filme The Wall do Pink Floyd. Uma realidade onde obras como estas são quase esquecidas ou deturpadas pelo veículo mais poderoso e hipnótico do nosso país em programas como Big Brother, o auge da diversão escatológica e inútil, devem nos alarmar! A normose automatizada é uma das “sombras” da Era de Aquário. Mas o alarme e a ansiedade não irão resolver muita coisa, cabe a cada um de nós buscar nossa individualidade, fazer nossa parte pois senão a “Nova Era” será apenas uma promessa distante e irreal.

Como disse Amit Goswami em uma de suas aulas, se a humanidade não despertar para a Consciência, o caos irá sobrevir. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. A exemplo dos signos cardinais, que estão presentes em nossa mandala astrológica e os arquétipos, em nossos corpos de manifestação: vamos acordar, fazer a hora e fazer acontecer?