segunda-feira, 14 de abril de 2014

LUA CHEIA DE SANGUE E O ECLIPSE DA CONSCIÊNCIA

LUA CHEIA DE SANGUE E O ECLIPSE DA CONSCIÊNCIA
Abril e suas Possibilidades

O mês dominado pelo signo de Áries está pleno de novas possibilidades. Possibilidades arianas condizem com começo de novos paradigmas, lançar-se, experimentar sem receios e apegos.
A “lua sangrenta” (15/4 às 4:43 de Brasília) que prediz o “fim do mundo” nada mais é do que uma leitura semelhante ao final do calendário maia. O dia 21/12/2012 passou e ainda estamos aqui. Estamos? Apesar dos alertas maias e bíblicos, das profecias, agimos com o mesmo automatismo. Todos sabem que estamos mergulhando em crises dos mais diversos níveis e temas, mas as únicas reações comuns são o pasmo e a crescente ansiedade. Estamos aqui, mas falta uma parte: a parte da Consciência e do intelecto supramental.
E esta ansiedade vai crescendo conforme o tempo passa. Há 110 anos no Cairo, Aleister Crowley canalizou o Livro da Lei que traz promessas de uma nova era onde a ciência e a religião iriam fundir-se. Alguns anos mais tarde, no Livro de Thoth, Crowley afirma que a humanidade ainda vivenciaria 500 anos de trevas durante uma fase transitória até compreender o  paradigma do Novo Aeon, ou da Era de Aquário, cujo primado é da Consciência e a fusão da nova ciência com a espiritualidade. A partir daí, estaríamos perceptivos quanto à unicidade de tudo e de todos nós, seres inteligentes em comunhão com a Natureza.
“Eis porque a ansiedade é um fenômeno humano. Abaixo do homem não há ansiedade porque não há escolha. Tudo acontece como deve acontecer. Com a possibilidade da escolha, a ansiedade surge como uma sombra. Tudo tem de ser escolhido agora, tudo é um esforço consciente. Só você é responsável. Se você falha, você falha. É sua responsabilidade. Se você é bem-sucedido, é bem-sucedido. É novamente sua responsabilidade.” (A Psicologia do Esotérico – Osho)
A ansiedade mórbida é um reflexo muito negativo diante das possibilidades das representações arquetípicas que abril nos traz. Transformar esta ansiedade em energia ariana ou cardinal é a saída criativa que nosso intelecto superior unido à nossa percepção intuitiva é capaz de colapsar.
A energia ariana ou cardinal já está sendo estimulada desde o final de 2008 com a entrada de Plutão em Capricórnio e foi amplificada com Urano em Áries desde março de 2011. Os signos cardinais – Áries, Câncer, Libra e Capricórnio - simbolizam a ruptura criativa que desencadeia mudanças do “status quo”. Quando o Sol começa a transitar por eles, a Terra vivencia o começo de um novo ciclo, uma nova estação do ano que é demarcada pelos solstícios e equinócios.
A “cruz” formada no céu por oposições e quadraturas que terá seu auge, ou seja, a exatidão dos ângulos de seus aspectos entre os dias 22 e 23 de abril próximos envolverá os signos cardinais (Urano em Áries, Júpiter em Câncer, Marte em Libra e Plutão em Capricórnio) sugerindo a necessidade urgente de rupturas de condicionamentos, quebras de paradigmas, abandono da zona de conforto automatizada para que os conflitos internos e externos evoluam em liberdade, individualidade e resolvam-se em comunhão.

A libertação do padrão de constante ansiedade sobre o que vai acontecer no futuro vai gerar mais energia para a busca da verdadeira individualidade de cada um de nós. Sairemos do padrão caótico para nos unirmos aos outros e à Natureza em perfeita comunhão unicista, onde não há divisão nem conflitos como entre religião e ciência cujo distanciamento pendular só vem trazendo-nos prejuízos como guerras, destruição de recursos naturais e novas e mais resistentes doenças.
“ O homem tornou-se consciente. De certa forma ele transcendeu a Natureza. Agora, a Natureza não pode fazer nada, o último produto que era possível através da evolução natural veio a ser. Agora o homem torna-se livre para decidir se evolui ou não evolui.” (A Psicologia do Esotérico – Osho).
As corporações, os governos e os meios de comunicação não estão colaborando. Até mesmo alguns canais supostamente “espiritualistas e proféticos” apenas estão colaborando com a síndrome catastrofista e com a ansiedade apática. O interesse daqueles que precisam alimentar a matrix é que todos nós permaneçamos no medo e na letargia, nos rendendo à normose, ou seja, à uniformidade comportamental descrita por verdadeiros e iluminados profetas como Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo e George Orwell em 1984, também ilustrado no fabuloso filme The Wall do Pink Floyd. Uma realidade onde obras como estas são quase esquecidas ou deturpadas pelo veículo mais poderoso e hipnótico do nosso país em programas como Big Brother, o auge da diversão escatológica e inútil, devem nos alarmar! A normose automatizada é uma das “sombras” da Era de Aquário. Mas o alarme e a ansiedade não irão resolver muita coisa, cabe a cada um de nós buscar nossa individualidade, fazer nossa parte pois senão a “Nova Era” será apenas uma promessa distante e irreal.

Como disse Amit Goswami em uma de suas aulas, se a humanidade não despertar para a Consciência, o caos irá sobrevir. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. A exemplo dos signos cardinais, que estão presentes em nossa mandala astrológica e os arquétipos, em nossos corpos de manifestação: vamos acordar, fazer a hora e fazer acontecer?

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