O signo de
Câncer sempre nos remete a assuntos ligados à família, maternidade, ao lar e ao
passado. Estas lembranças do passado, é claro, provocam uma série de emoções
como saudades, alegria, conforto, acolhimento ou, até mesmo, mágoa ou
rejeição.
Deusas que
simbolizam o arquétipo da Grande Mãe são invariavelmente protetoras como Ísis ou
Ceres que transformaram-se em furiosas guerreiras quando sentem que sua criação
está sendo ameaçada. Utilizam a Magia e todos os seus poderes psíquicos para,
estrategicamente, limitar a abundância ou os ciclos normais da Natureza numa
tentativa de proteger sua criação. Até na vida prática podemos perceber o
arquétipo materno se manifestando: a Terra (nossa mãe Gaia) revoltando-se contra
os abusos que o Homem pratica regularmente, mesmo sendo seu filho. Mudanças
climáticas, catástrofes e outros fenômenos são reações decorrentes, cujo
objetivo é apenas um: preservação da Natureza e de suas
criaturas.
Nosso país
de origem também é nossa mãe e está inserido no arquétipo canceriano, pois
também é nosso lar e, representado pelos governantes e suas instituições, tem a
responsabilidade de prover nossas necessidades mais básicas. O Brasil está
passando por um momento muito especial e relevante neste sentido e,
analisando-se o mapa natal do país (7/9/1822; 16:08; São Paulo), meses após o
trânsito de Júpiter pela sua Lua natal e seu retorno de Júpiter em Gêmeos, os
filhos e filhas do Brasil perceberam que os representantes da nação-mãe não
estavam cumprindo com seus deveres. A entrada de Júpiter em Câncer representa,
para o Brasil especificamente a expansão e continuidade do desenvolvimento desta
identidade que acaba de nascer da insatisfação e da carência, estados cósmicos
negativos do signo de Câncer. O reconhecimento de suas raízes e força uníssona
da população estão indo muito além do futebol. Urano em Áries entrando na
terceira casa do mapa natal do Brasil conectou a massa via comunicação em rede
instantânea – pensamentos, raciocínios, conclusões ocorrendo na não-localidade
quântica. O movimento de Urano representou o “despertar” na mente e na alma do
povo brasileiro.
Política à
parte, Júpiter em Câncer irá gerar oportunidades de crescimento, expandir
possibilidades não só para aqueles que possuem em seu mapa natal algum elemento
ou astro neste signo. Os signos do elemento Água estão sendo visitados e
estimulados por outros planetas: Saturno em Escorpião e Netuno em Peixes e, até
o começo de agosto eles estarão fazendo um aspecto triangular entre si e com
Júpiter em Câncer, simbolizando a importância do “sentir”, do calar e
contemplar, ouvir a voz interior das emoções mais profundas e silenciar a mente.
Júpiter em Câncer aciona todas estas possibilidades, mas o impacto maior será
absorvido pelos astros no elemento água. Saturno em Escorpião já moldou a psique
preparando a entrada de Júpiter em Câncer, portanto, a indolência, a fuga e o
comodismo típicos da “sombra” de Júpiter nesta posição devem ser
evitados.
Os signos
do elemento Terra, Touro e Virgem, recebem um estímulo extra ao longo dos
próximos 12 meses, tempo da permanência de Júpiter em Câncer. Estímulo este que
dará a oportunidade a Touro de realizar as mudanças cobradas por Saturno em
Escorpião, e ao signo de Virgem, um mergulho nas origens e na linguagem
emocional que pode proporcionar uma versatilidade nas regras e nas críticas
detalhistas, formatando auto-confiança e segurança quanto a novas organizações e
métodos mais abrangentes.
Astros e
elementos no signo de Capricórnio precisam estar sob controle de seu propósito
original. Quem possui astros neste signo e nos signos cardinais de Áries e
Libra, aqui vai um alerta importante: não vão com “muita sede ao pote” senão ele
quebra. Evitem insuflação de otimismo arrebatador, ufanismo e irracionalidade. A
tensão de Júpiter em Câncer a astros e elementos nestes signos pode alterar a
visão de proporção das coisas, distorcendo a realidade de situações que só o
silêncio e a intuição conectada à Consciência Una poderão
evitar.
Júpiter em
Câncer representa a confiança nas origens, na História, nas raízes, nas
tradições. Tradições que envolvem o sentimento de pertencer a uma família, um
clã, uma nação, uma pátria. Esta confiança e valorização já tão desgastadas
hoje, poderão ser recuperadas. Aqueles que irão nascer nos próximos doze meses
terão a possibilidade morfogenética de aliarem-se a estas tradições de raiz,
família e pátria.
O trânsito
de Júpiter em Câncer irá possibilitar a todos nós a nos aproximarmos daquilo que
nos enternece, da memória emocional. O silêncio e o movimento introspectivo e
regressivo acabam tornando-se uma meditação que nos conduz à psique e ao Plano
Astral sem escapismos ou temores. Sempre lembrando que a Grande Mãe é acolhedora
e protetora sem exceções.